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Conversa de Câmara: o melhor podcast de música clássica do Brasil!Language: pt-br Genres: Music, Music History Contact email: Get it Feed URL: Get it iTunes ID: Get it |
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Dmitri Shostakovich zombou da autoridade soviética com a Suite for Variety Orchestra
Episode 13
Friday, 16 May, 2025
Com a Suite for Variety Orchestra, Dmitri Shostakovich fez muito mais do que “música leve”. Ele criou uma obra que ri dos poderosos, dança com os oprimidos e pisca para os atentos.Logo após a Primeira Guerra Mundial, a Europa Ocidental caiu sob o feitiço dos estilos musicais populares americanos. O jazz, em especial, trouxe um ingrediente indiscutível para a formação de uma linguagem musical cada vez mais colocada a serviço do comentário social. Com suas infusões de ritmo, improvisação e leveza, o jazz representava tanto entretenimento e fuga quanto uma forma de emissão de julgamentos morais, seja de maneira flagrante ou velada.Na União Soviética, entretanto, o jazz era visto com desconfiança. Considerado uma importação ocidental indesejada, Stalin decretou que toda a “música leve” estaria sob controle estatal direto. Mesmo sob essa vigilância, Dmitri Shostakovich (1906–1975) ousou. Ele compôs duas suítes em estilo jazzístico — datadas de 1934 e 1938 — que prestavam homenagem aos estilos populares, desafiando, com ironia e astúcia, o regime.Até recentemente, uma peça intitulada Suite for Variety Orchestra (Suíte para Orquestra de Variedades), composta por oito movimentos, era equivocadamente identificada como a Jazz Suite No. 2. Na verdade, essa suíte foi provavelmente compilada após 1956, usando temas que Shostakovich já havia composto para filmes (como The First Echelon, de 1956), balés e peças teatrais.Apresentado por Aroldo Glomb com Aarão Barreto na bancada. Seja nosso padrinho: https://apoia.se/conversadecamara RELAÇÃO DE PADRINS Aarão Barreto, Adriano Caldas, Gustavo Klein, Fernanda Itri, Eduardo Barreto, Fernando Ricardo de Miranda, Leonardo Mezzzomo,Thiago Takeshi Venancio Ywata, Gustavo Holtzhausen, João Paulo Belfort , Arthur Muhlenberg e Rafael Hassan.